Para ele

“O que distingue um revolucionário (e uma revolucionária) de um indivíduo apenas sensível à nossa causa é precisamente isso: a disposição de se doar à luta e a capacidade de tomar iniciativa na construção de trabalhos, mesmo aonde, sob uma ótica superficial, não lhe caberia”.

Na HISTÓRIA existem muitas pessoas que se doam à luta, que cumprem papel imprescindível nas organizações sociais, políticas, partidárias e religiosas, com convicção, firmeza, dedicação, inteligência, sabedoria, simplicidade, humildade, amor às pessoas e às suas origens, e não aparecem, permanecem anônimas.

Genildo Batista da Silva é uma dessas pessoas. Um intelectual, dirigente político e militante revolucionário que tanto contribuiu com seus ensinamentos, caráter irrepreensível e incondicional dedicação à luta socialista.

Nasceu em Queimadas, na Bahia, no dia 04 de junho de 1949 e faleceu em São Paulo, no dia 11 de março de 2003, deixando sua esposa Iara (já falecida), seu filho Dimitri e sua filha Dalila. Foi cremado e suas cinzas foram lançadas ao mar, na Bahia de Todos os Santos, em Salvador.

Tímido, tranquilo, equilibrado, sonhador, amante da poesia, duro quando julgava que devia ser, tão sério que às vezes parecia ser uma pessoa fechada. Mas, era de uma simplicidade, leveza, solidariedade tão grandes, que com sua presença e suas palavras, muitas vezes, funcionava não só como companheiro, como amigo, funcionava, também, como analista e terapeuta para muitas pessoas.

Escrevia muito bem e em alguns momentos saía com cada pérola, que nos perguntávamos:  mas é Genildo mesmo? É que no fundo, Genildo era, também, um grande gozador!

Do mesmo modo que escrevia, Genildo defendia suas posições: com firmeza, mas aberto às demais contribuições, as quais, buscava incorporar nas produções coletivas.

Independentemente do número de pessoas que estivesse lhe ouvindo, tinha prazer em compartilhar seus conhecimentos, em ouvir, ensinar, aprender, como um mestre em sala de aula.

Às vezes, de ônibus, percorria milhares de quilômetros para se reunir com uma, duas, três ou mais pessoas.

Era não só um grande intelectual, era um organizador coletivo, um guerreiro que não mediu esforços e que dedicou sua vida à luta do povo brasileiro.

Quase 20 anos após sua partida, muitos dos seus ensinamentos e escritos permanecem atuais e na medida do possível os publicaremos, de modo a socializar o que ele escreveu, muitas vezes como contribuição à sua organização, a mandatos parlamentares e aos movimentos sociais.

Inspirados/inspiradas nas suas ideias, seus exemplos, sua história, seus sonhos, sua luta e sua trajetória de militante socialista decidimos homenageá-lo colocando o seu nome no Instituto que criamos em 24 de fevereiro de 2018.

Esta é, também, uma forma de homenagearmos a todos os lutadores e lutadoras sociais, que dedicaram suas vidas à organização e luta do povo.

Viva o povo brasileiro!

Viva o povo latino-americano!

Viva os povos de todo o mundo!